É #FAKE STF não proibiu frei Gilson de fazer transmissões ao vivo nas redes

Não é verdade que o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu o frei Gilson de realizar transmissões ao vivo em suas redes por conta de comentários machistas. Além de não ter encontrado qualquer menção à proibição no site oficial do Supremo, Aos Fatos constatou que o religioso segue fazendo lives para seus seguidores.

Publicações com o conteúdo enganoso acumulavam 338 mil visualizações no Tiktok até a tarde desta segunda-feira (24). O vídeo desinformativo ainda alcançou 40 mil visualizações no Kwai, 1.200 curtidas no Instagram e centenas de compartilhamentos no Facebook.

Publicações enganam ao alegar que o STF proibiu que o frei Gilson da Silva Pupo Azevedo faça transmissões ao vivo nas redes devido a declarações machistas. Aos Fatos não encontrou nenhuma decisão com teor similar publicada nas redes, na imprensa ou no portal do Supremo.

A última live promovida pelo religioso, que integra a congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, em São Paulo, aconteceu nesta segunda-feira (24), por volta das 4h. Não houve qualquer menção a uma intervenção judicial durante a transmissão (veja abaixo).

Aos Fatos procurou o STF por email e por telefone, mas não obteve retorno até o momento da publicação. Por meio da busca processual do site da corte, foi possível constatar que o religioso não é alvo de nenhuma ação.

É fato, no entanto, que o clérigo foi criticado por setores progressistas por afirmar em uma pregação que o papel das mulheres é “curar a solidão” e auxiliar os homens.

Considerado um aliado do bolsonarismo, Gilson também é citado no relatório final da Polícia Federal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. As investigações apontam que ele teria sido orientado a aconselhar os fiéis a rezar uma oração de cunho golpista após as eleições de 2022. O religioso não foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

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