
O ano de 2022 foi de superlativos climáticos: foi o verão mais quente da Europa desde que começaram os registros. Já o Paquistão vivenciou sua pior inundação, matando cerca de 2 mil pessoas e deixando cerca de 20 milhões de desabrigados; e os estados dos Novo México e da Califórnia, nos Estados Unidos, sofreram os incêndios florestais mais devastadores. E esses foram apenas três exemplos dos fenômenos naturais extremos de 2022 que os ativistas do clima consideram evidências óbvias das mudanças climáticas.
No entanto, alguns usuários continuam afirmando, por exemplo no Twitter, que “não há aquecimento global nem mudança climática”. No entanto, o aquecimento global e as mudanças climáticas já foram comprovados cientificamente há décadas. O Consórcio Alemão do Clima (DKK, em alemão) explica que todas as partes do sistema climático – ou seja, oceanos, gelo, terra, atmosfera e biosfera – aqueceram-se significativamente nas últimas décadas. E, além disso, o ar na superfície da Terra já é 1 ºC mais quente do que a média global na era pré-industrial.
“Devido às mudanças climáticas, os extremos estão mudando em termos de frequência e intensidade, o que significa que os eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes e mais fortes”, afirmou Marie-Luise Beck, diretora do Consórcio Alemão do Clima, em entrevista à DW.
E no relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) cientistas de 195 países escrevem que há evidências crescentes entre extremos climáticos – como ondas de calor, chuvas intensas, secas e ciclones tropicais – e ação humana. Os principais pesquisadores de uma ampla gama de áreas em todo o mundo afirmam estar comprovada a conexão entre mudanças climáticas e influência humana.